Por que foi criado o Dia da Terra?
O Dia da Terra, 22 de abril, é uma data festiva comemorada em muitos países do mundo. Foi criado nos Estados Unidos, pelo senador Gaylord Nelson, durante a década de 70, com o objetivo de criar uma consciência mundial sobre os problemas da contaminação, destruição da biodiversidade, uso não sustentável dos recursos naturais, desmatamentos e outros problemas que ameaçam a vida no planeta.
Cerca de 40 anos depois o mundo ainda se ressente de uma consciência ambiental e a perda de biodiversidade segue sendo um grande problema.
O que é biodiversidade?
Termo lançado por Edward Wilson durante o National Forum on Biodiversity (1982), diversidade biológica, ou biodiversidade, refere-se à totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes. Inclui a variedade genética dentro das populações e espécies; a variedade de espécies da flora, da fauna e de microorganismos; a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.
Estima-se que os estoques globais de diversidade biológica podem chegar a 100 milhões de espécies. Dentre os atuais países megadiversos destacam-se o Brasil, a Colômbia, a Indonésia, o México, o Peru, Madagascar e a Austrália; sendo que pelo menos 10 a 20% de toda a biodiversidade catalogada está no Brasil.
Por que a perda de biodiversidade é tão alarmante?
A diversidade biológica indica a manutenção da qualidade ambiental; não respeita as fronteiras estabelecidas pelos Estados e sua perda implica na destruição do equilíbrio ecológico e conseqüente redução da qualidade ambiental. Representa, também, perda de potencial para uso econômico, principalmente através do uso de recursos genéticos, e incremento da taxa de extinção das espécies por conta da ampliação das atividades antrópicas. Ainda que durante bilhões de anos a extinção de espécies tenha ocorrido devido a fatores naturais, a perda da diversidade biológica é apontada como um problema ambiental global. Funciona como a “ponta de um iceberg” de vários outros problemas tais como as mudanças climáticas, a desertificação, a eutrofização de rios, lagos e mares, entre outros, já que, ao final, todos resultam em perda de biodiversidade.
De acordo com o Panorama Global da Biodiversidade, a maior parte dos serviços ambientais que nos são oferecidos pela natureza estão em risco, incluindo aí a provisão de água potável, a produção de pesca marinha, a suficiência de auto-limpeza da atmosfera, a regulação de catástrofes naturais (tais como deslizamento de encostas e inundações) e a capacidade dos ecossistemas agrícolas oferecerem controle de pragas e solo fértil.
As conseqüências dessa perda são, principalmente, sentidas pelos países mais pobres. Nestes, suas populações dependem de forma mais imediata do uso dos recursos naturais e dos serviços ambientais para sua sobrevivência. A partir de dados do Banco Mundial, o Panorama Global da Biodiversidade demonstra que os recursos naturais totalizam cerca de 26% da riqueza total desses países. Sendo necessário, “um manejo mais adequado dos ecossistemas e recursos naturais para sustentar o desenvolvimento enquanto essas nações constroem outras formas de riqueza”. Já os países desenvolvidos, ainda que tenham uma melhor capacidade de adaptação a essas perdas, apresentam um consumo médio de recursos naturais acima da capacidade de suporte dos ecossistemas o que só aumenta a pressão sobre a biodiversidade.
A Pegada Ecológica, dada pelo consumo médio dos recursos naturais no nível global, determina a exigência humana sobre a natureza em relação a área terrestre e aquática, biologicamente produtiva, necessária para a disponibilização de recursos ecológicos e serviços. Os países desenvolvidos são apontados como os principais responsáveis, apresentando uma demanda 25% maior do que a oferta de recursos, a ponto de ameaçar a capacidade de regeneração do planeta.
Estima-se que o ponto de equilíbrio entre o consumo e a regeneração dos recursos naturais seria o equivalente a 1,8 hectares globais, por ano/por pessoa. Contudo, o relatório mostra que para a manutenção dos atuais padrões de consumo e produção, o consumo médio está em 2,2 hectares globais, por pessoa/ano. Mantidos esses níveis, a previsão é de que em 2050 este consumo poderá ter dobrado.
Sabendo usar não vai faltar… 10 dicas de como contribuir para conservar o planeta:
- Proteja as florestas: em tempos de aquecimento global, as árvores ajudam a manter quantidade de gás carbônico controlada na atmosfera.
- Coma menos carne vermelha: A criação de bovinos é um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa. O gado produz metano, um gás inflamável, poluente, e mega fedorento. A produção de carne vermelha demanda uma quantidade enorme de água. Para produzir 1kg de carne vermelha são necessários 200 litros de água potável. O mesmo quilo de frango só consome 10 litros.
- Jogue menos comida fora: aproveite talos, cascas e restos em receitas nutritivas. A decomposição de restos de comida resulta na produção de gás metano, ligado ao efeito estufa.
- Prefira alimentos frescos: comidamida congelada precisa de dez vezes mais energia para ser produzida.
- Não desperdice água. esse é um dos recusros mais importantes e frágeis do planeta: feche torneiras, conserte vazamentos, não use mangueiras para para lavar calçadas, aproveite água de chuva.
- Lave a seco: a economia é de 316 litros de água para cada veículo, em média.
- Voe menos, reuna-se por videoconferencia. Deixar de pegar um avião faz uma diferença significativa para a atmosfera.
- Dê a seu carro uma folga: se ele ficar uma vez por semana na garagem, ao fim de um ano a economia em emissão de CO2 chegará a 440 quilos — volume que uma árvore de grande porte leva vinte anos para absorver no processo de fotossíntese.
- Recicle, Reuse, Reutilize!
- Acredite no futuro: estimule idéias inovadoras que contribuam para a manutenção dos recursos naturais e a melhoria da qualidade ambiental.
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Esta é uma explicação sem fins lucrativos
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